segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Nova Empregabilidade: E a felicidade como vai? (parte final)

Coluna do Léo



Léo Salgado


Ao final desta série de artigos espero ter conseguido passar um pouco da minha visão sobre o emprego, empregabilidade e destinos de curto e médio prazo da sociedade e das empresas, no que se refere as relações de trabalho.
Com absoluta certeza nenhum dos cenários estudados nesta série se perpetuarão, sendo sim apenas mais uma etapa na nossa evolução social, tal como foi a revolução industrial e muitas outras etapas cumpridas até os dias de hoje.
Imutável é que a relação social do trabalho, vai se tornar a principal discussão teórica e acadêmica do futuro, pelo simples fato de que ela é a única relação que podemos ter a certeza que continuará a existir, até por que quando não mais acontecer é sinal de que não existe mais sociedade, porque não vai mais existir o ser humano.
De qualquer forma, o que procurei mostrar foi uma analise um pouco mais focada de todo este cenário futuro, discutindo um pouco sobre este que chamo de Novo Mundo, objeto do estudo de diversos outros autores, sua influência sobre esta Nova Empresa e conseqüentemente como deverá ser o Novo Emprego.
Quando falo da existência de 5 passos a serem seguidos para assumir o Novo Emprego, estou na verdade tentando colocar as necessidades de mudança em uma forma estruturada e de fácil leitura para todos aqueles que desejam manter-se em estado de empregabilidade nesta nova etapa da evolução do mundo.
Os conceitos básicos que devem ser seguidos para aumentar as chances de empregabilidade nesta nova sociedade, não são novos, assim como esta nova sociedade também não é nova, podendo ser melhor classificada como uma inovação.
Conceitos que lhe dizem da necessidade de levar a carreira a sério, de transformar sua carreira em um negócio, em ser tão profissional no desenvolvimento de sua carreira como o é no desenvolvimento de suas atividades profissionais para o seu empregador, não são nenhuma coisa do outro mundo, muito pelo contrario, são conceitos que pelo menos há uma ou duas décadas já são pregados e disseminados.
A importância de elaborar e cumprir um plano de carreira, de seguir planos de ação para superar metas, de desenvolver suas habilidades, conhecimentos, reduzir seus pontos fracos e aprimorar sempre seus pontos fortes, também são conceitos conhecidos de todos.
Acho que a grande novidade é que se você não começar logo a fazer tudo isso, de forma coordenada e afinada como uma orquestra, você vai perder o trem da história e verá que a sua empregabilidade será reduzida de forma absoluta.
Acreditar na necessidade disso tudo e ainda passar a entender que estamos no limiar de um novo tempo, que será ético, social e comprometido, é a verdadeira chave para o Novo Emprego.
O resgate dos valores éticos, da solidariedade e da preocupação com a comunidade e a sociedade são as verdadeiras novidades, que no fim não passam de um retorno as origens do próprio homem.
A preocupação com o próximo, assim como nos preocupamos com nós mesmos, não parece ser uma grande novidade, até porque já faz parte da filosofia e dos dogmas de praticamente todas as religiões que existem na terra. Entretanto, agora passa a ser fator de sobrevivência das empresas e conseqüentemente dos empregos.
Esgotar este assunto é algo que nunca poderei me propor a fazê-lo, até porque, além dele ser inesgotável eu espero que ainda seja objeto de muitas outras obras, pois assim o sendo, mas certeza terei que este é o cenário que nos espera em muito pouco tempo.
Fazer esta afirmativa me é muito fácil, até porque venho acompanhando o desenvolvimento deste tipo de relação social nos últimos 35 anos, sendo que nos primeiros 10 anos como ator coadjuvante (advogado trabalhista), e os 25 restantes como um dos atores principais (gerente de Recursos Humanos de diversas empresas), esperando poder continuar a atuar e observar por um bom tempo futuro.
Existe no entanto um fato, que mesmo com o passar do tempo, continua a ser absolutamente atual, que é a necessidade que você tem de ser feliz naquilo que faz. Se você não for feliz na atividade que escolheu exercer, não adianta tentar seguir nenhum plano de carreira, plano de ação, etc., você deve sim, mudar para fazer o que gosta e o que o faz feliz, aí sim poderá se preparar para ter condições de poder continuar a ser feliz.
Uma outra atitude que não existe tempo que venha a mudá-la é o respeito com os outros, se você não tiver respeito por seus colegas, chefes e subordinados, não existe nada a ser feito.
Existe um livro chamado “Quebre os doze hábitos que ameaçam a sua carreira”, ( Ed. Campus ), escrito por James Waldroop e Timothy Butler, que tem conceitos bastante interessantes sobre manutenção de carreira, mas para mim existe um que é fundamental, que é o que trata da surdez emocional, que você não pode fazer-se de surdo aos sentimentos, necessidades e aflições dos outros. Existe naquele livro uma relação de atitudes que você deve ter para combater a surdez emocional, que em resumo seriam:


• Elogiar as 3 pessoas mais importantes abaixo de você, pelo menos 1 vez por semana;
• Sempre fazer contato com olhos nas reuniões;
• Deixar as pessoas falarem sem interrompe-las;
• Nunca usar frases de julgamento tipo “Você não entendeu...”, etc.;
• Almoçar com seus colegas de trabalho no mínimo uma ou duas vezes por semana;
• Perguntar aos seus colegas de trabalho algo sobre a vida deles que nada tenha a ver com o trabalho;


Como você vê são coisas simples, mas cá entre nós quais delas você está habituado a fazer no seu cotidiano ?
Da resposta a essa pergunta você deve começar a ver quais são as ações que você deverá começar a implementar para aumentar as suas chances de assumir o Novo Emprego.


Lembre-se que a vida no fim é um exercício de tentativa e erro, mas está começando a ficar tarde para continuar a errar impunemente. Procure acertar mais e assim poder exercitar a sua felicidade.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Nova Empregabilidade: Assumindo o Novo Emprego (parte 9)

Coluna do Léo

Léo Salgado
Bem, você já conseguiu dar todos os passos anteriores e está pronto para assumir o Novo Emprego, seja conquistando uma nova posição ou ainda migrando suas posturas de forma a estar apto a manter a empregabilidade neste Novo Mundo.
Acredito que o que falta agora é apenas afinar-se com as filosofias do Novo Emprego, ou melhor ainda, do Novo Trabalho.
O que o mercado estará exigindo, nós já discutimos.
Como mudar para melhor e passar a ter esperanças realistas de promoção, de avanço na carreira, de realização profissional, e que habilidades e qualificações vão ser cobradas das pessoas empenhadas em aproveitar as oportunidades mais compensadoras, também já foi abordado.
Para que tipo de profissionais se reservam os melhores salários e benefícios, também foi um assunto discutido e analisado neste conjunto de artigos.
O que resulta disso tudo é que não existe a menor sombra de duvida, de que a sua carreira, a sua vida profissional está em mutação. E, para que ela mude a seu favor, você deve antecipar os requisitos profissionais que estarão sendo exigidos de você daqui para a frente, e que irão influir efetivamente nesse processo de mudanças.
Numa primeira abordagem de como ser para assumir este Novo Emprego, devemos imaginar o mundo atual, que é algo em constante movimento, no qual a tecnologia, o conhecimento, tudo encontra-se em movimento continuo. Ora, com as pessoas não poderia ser diferente, é fundamental que você também seja um ser profissional em constante movimento.
E o que isso quer dizer é que a cada dia que passa, os profissionais estão sendo mais valorizados pelo que sabem fazer e não pelos cargos que ocuparam e que ocupam. O profissional deve focar sua atuação na sua capacidade de desempenhar com excelência as tarefas atribuídas a ele. Talentos com boas performances individuais já podem ganhar mais do que gente que está acima na escala hierárquica da organização. Conseguir atingir e ocupar posições importantes na escala hierárquica da organização passa a ser menos importante do que se movimentar nas faixas de ação de sua competência.
Uma Segunda abordagem nos ensina a pensar muito menos no emprego e focar sua atuação em trabalho. Como já vimos anteriormente, neste Novo Mundo, o mais importante é investir pesado na construção, desenvolvimento e manutenção de suas competências, na execução do trabalho que você se propõe a fazer. Em desenvolver seus conhecimentos para que possa executar aqueles trabalhos cada vez melhor. A tendência de terceirizar com especialistas externos, inúmeros trabalhos e tarefas especificas é algo gritante e cada vez mais comum. O vinculo contratual trabalhista deixa de ter uma importância fundamental, uma vez que o que mais importa é que aquele trabalho seja realizado da melhor maneira possível e pelo melhor profissional do mercado.
Como terceira abordagem podemos afirmar que você tem que se conscientizar que deve ser um profissional mutante, atuando não só em aprimoramento continuo, como também em aprendizado permanente, uma vez que a aceleração das descobertas tecnológicas e da disseminação da informação, traz a Nova Empresa uma transformação radical e constante no ambiente de trabalho. Tornando-se essencial que você abandone a idéia de que seu trabalho é a repetição do seu dia a dia, você deve assumir a noção de que será preciso estar preparado o tempo todo para mudar. Suas competências, habilidades e resultados valem apenas para hoje.
A única coisa que vai ficar é a sua experiência, assim acostume-se a viver mudanças constantes à sua volta.
Uma quarta abordagem seria a de tornar seu relacionamento com a tecnologia cada vez mais intimo e compreensivo. Na verdade nos últimos anos assistimos ao nascimento e morte de inúmeros avanços tecnológicos e recursos que em pouco tempo transformaram-se em peças de museu.
Assim, antes de bater um pânico ao saber que aquela ferramenta em que você é um craque está deixando de ser utilizada, é importante estar atento as mudanças especificas de sua área e estar apto a assumir o uso daquela ultima novidade de mercado, mas que para você já deve ser uma velha conhecida.
Não procure, no entanto, conhecer tudo, estudar alucinadamente, o segredo será focar sua inteligência no desenvolvimento de alternativas de forma a tirar o maior proveito delas, transformando-os em melhores soluções, processos mais eficientes, enfim em resultados positivos. Como o mercado sempre tende em valorizar menos o profissional com elevado conhecimento técnico (pelo excesso de oferta), este lado da competição com certeza será mais vantajoso.
Como quinta abordagem é importante entender melhor o mercado de trabalho. Com certeza apesar das inúmeras empresas de sucesso na chamada Nova Economia, não existe duvida que as tradicionais corporações da velha economia, continuarão a ser um grande campo de oportunidades de trabalho.
A tese de que só as empresas que atuam na nova economia tem lugar no futuro é falsa, pois não pode-se duvidar que durante muito tempo o mundo continuará a consumir, cada vez mais, aço, plástico, papel, tecido, vidro e cimento.
É claro que estas empresas continuarão a necessitar de talentos, profissionais, técnicos, operários, etc., oferecendo em troca salários, benefícios e carreiras. Assim não é necessário que um profissional atualizado do ponto de vista tecnológico, seja voltado obrigatoriamente para alguma organização da economia digital. Importante é saber utilizar, em todo e qualquer tipo de empresa ou atividade, recursos que a tecnologia eletrônica nos oferece.
Nossa sexta abordagem é uma repetição de um tema que não pode ser esquecido neste Novo Mundo, que é a ética.
Como todos estão observado, as questões éticas e todas as suas variações estão na pauta do dia. Já existe em inumeras empresas, uma preocupação de mudar os profissionais que não estejam alinhados com os valores éticos.
Existe uma revolta cada vez mais forte e uníssona das pessoas com os políticos que desviam dinheiro público, e há também, muita revolta com os episódios e mais episódios a que assistimos diariamente sobre profissionais pouco éticos que acabam se dando bem.
Mas as coisas estão se modificando rapidamente, as empresas estão sendo cada vez mais cobradas pelos seus clientes por aquilo que fazem, e como o fazem, o que se reflete diretamente nos seus colaboradores.
A cada dia que passa, mais e mais empresas criam, publicam e divulgam seus códigos de ética e conduta profissional, querendo demonstrar ao mercado e a seus consumidores sua ética empresarial e profissional.
Como sétima abordagem temos a necessidade dos profissionais de serem cada dia mais humanos, mais preocupados com o ser humano e com a sociedade como um todo.
Também é um assunto já abordado, mas nunca é demais enfatizar a necessidade cada vez maior do resgate do respeito humano. Exercite sempre a sua generosidade. Compaixão, paciência, solidariedade, bom humor, cortesia, honestidade, caráter, vontade de ajudar, confiabilidade, simpatia, interesse verdadeiro pelo bem-estar dos outros, etc., que devem se tornar parte integrante do seu ser.
O essencial é que, quanto mais você investir em si próprio como ser humano, maiores serão suas oportunidades de sucesso num ambiente de trabalho em que a capacidade de se relacionar bem será uma prioridade.
Tenha a certeza que no Novo Mundo, a Nova Empresa terá muito pouca tolerância com as pessoas difíceis e chatas, não importa se foram chefes ou subordinados.
Nossa oitava condição é aquela que prioriza a realização, o que você fez, alcançou, realizou, e não a sua posição, seu status.
O seu sucesso será medido pelo que você realizar, por sua capacidade de transformar idéias em soluções, de resolver problemas, de apresentar resultados, construir, inovar.
O mundo não estará interessado em saber quem você é e sim no que você fez. Assim cresce a importância que o trabalho em equipe terá na sua capacidade de ser um verdadeiro realizador. Realize em equipe e enfatize a equipe. Com certeza você só terá a ganhar.
A nona abordagem é a necessidade de inovação. A inovação já é um fator crucial no ambiente empresarial de hoje, e não há dúvida de que tenderá a ser cada vez mais assim.
Entenda, porém, que ninguém espera que você se transforme num novo professor pardal, num gênio criador, que invente um novo produto por dia ou que tenha uma idéia brilhante por hora. Quando o mercado pergunta se um profissional é capaz de inovar, o que estará querendo saber é se ele tem capacidade de lidar de forma construtiva com as contínuas mudanças nos processos, nas prioridades, na competição, na tecnologia, nas necessidades dos clientes, etc., de fazer as coisas de maneira diferente, de aprender continuamente, de captar idéias novas e transformá-las em ação.
Com décimo ponto temos o que chama-se de mobilidade profissional, ou seja se você é um profissional disposto a mudar, seja mudar de cidade, de país, de função, de experiências ou de responsabilidades. As oportunidades tenderão a aparecer em lugares cada vez mais diferentes, uma vez que existe uma nova geografia profissional surgindo no mundo.
Se analisarmos esta nova geografia no Brasil, vamos notar que a poucos anos não existia nada que nos levasse até o município de Porto Real no Estado do Rio, hoje existem algumas razões como por exemplo a Volkswagem e a Galvasud. O Paraná, criou e está ampliando um pólo automobilístico inteiramente novo na área que circunda Curitiba. O interior de São Paulo mostra um enorme dinamismo em termos de mercado profissional, como por exemplo as instalações da Embraer nas vizinhanças de Araraquara.
A decima primeira e ultima abordagem é a transparência, pois um profissional que pretende um lugar ao sol, deve ter que poder ficar plenamente exposto ao sol em sua carreira, em sua postura e em suas ações.
Na verdade aquilo que você realmente faz, o que você é, vai aparecer mais e mais com clareza, será quase que impossível esconder as falhas.
A meritocracia será fator fundamental para a sua carreira. Você não terá que provar que é um gênio, mas vai ter que passar a exercitar o hábito de pensar o tempo todo naquilo que você está fazendo ou pretende fazer.
A Nova Empresa vai lhe exigir lógica, reflexão e análise. As falhas serão absorvidas, desde que possam ser explicadas com base num raciocínio coerente. Agora, esqueça o velho hábito de justificar os erros por transferência de responsabilidades, isto será um pecado mortal.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Nova Empregabilidade: Como criar e utilizar o marketing profissional (parte 8)

Coluna do Léo




Léo Salgado
O marketing é considerado hoje uma atividade fundamental na gestão da Nova Empresa, tendo em vista que com a competitividade dos mercados, ele age como um facilitador das relações e um agente de produtividade.
Pode-se conceituá-lo como uma filosofia empresarial, que engloba um conjunto de atividades, praticas e conceitos consagrados pela experiência.
Como filosofia, ele entende que a razão de ser de uma empresa é satisfazer as necessidades do cliente, através de seus produtos, que deverão ser criados em consonância com as necessidades e desejos dos clientes.
Se a empresa for capaz de atender as necessidades do cliente ela poderá sobreviver à concorrência; se não for, ela será eliminada ou fadada a ocupar uma posição de importância menor no mercado.
Sem uma ferramenta desenvolvida pelo marketing chamada “pesquisa” não é possível satisfazer as necessidades do mercado, uma vez que se torna essencial conhecer quem são e como são os clientes potenciais.
Depois da pesquisa, torna-se necessário trabalhar o desenvolvimento de produtos, que é uma atividade de busca das melhores idéias de produto que possam satisfazer o cliente e o planejamento desse produto para que seja simplesmente o melhor, em todos os aspectos. Desenvolvido o produto é necessário que os consumidores em potencial daquele produto passem, a saber, que ele existe e que está a disposição deles. Essa seria a parte da comunicação, divulgação, propaganda, etc.
Após, tem-se a necessidade de fazer a oferta do produto ao mercado, de disponibilizá-lo onde o consumidor possa encontrá-lo, que seriam as atividades de vendas e distribuição.
Finalmente temos as atividades de pós-venda, que atua de forma a garantir a satisfação dos clientes, fidelizando-os.
Uma empresa bem estruturada conta com áreas dedicadas ao marketing, sendo que com o passar do tempo desenvolveram-se várias atividades profissionais dentro de marketing, entre as quais gerentes de produtos, técnicos em propaganda, estrategistas de vendas, etc.
O marketing evoluiu tanto que acabou por tornar-se um ramo do conhecimento, uma disciplina própria, com seus conceitos, informações, psicologias, administração, etc.
Com o tempo começou-se a entender que assim como as empresas, as pessoas sempre tem algo a vender e que poderiam utilizar-se desta ferramenta para desenvolver suas carreiras.
Nasceu então o que se chama de marketing pessoal ou marketing de pessoas, que é uma disciplina abrangente, englobando do marketing de celebridades ao marketing de políticos.
A competição no campo das carreiras e profissões originou o chamado marketing profissional, que é a aderência dos conceitos de marketing nas estratégias de fidelização de um profissional com seus clientes, com a empresa para a qual presta seus serviços, etc..
A base filosófica seria a de não permitir que as carreiras evoluam espontaneamente, aplicando-lhes todas as ferramentas de marketing necessárias para garantir o sucesso profissional.

Uma boa definição de marketing profissional seria:

“O conjunto de esforços, realizados para facilitar e tornar mais eficiente as relações dos profissionais com suas clientelas potenciais.”


Tanto quanto o empresarial ele também engloba:


• uma filosofia, que é a de satisfazer necessidades e desejos de uma cliente¬la, ser útil tendo sua aceitação baseada na sua utilidade.
• um conjunto de atividades, que necessita de pesquisa, de desenvolvimento de produto, comunicação, venda e pós venda, pois no fundo o profissional é um produto, que deve ser vendido de forma adequada.
• um conjunto de técnicas, com a utilização dos conceitos e conhecimentos que se aplicam à promoção de uma em¬presa, podem e devem ser aplicados, à promoção de um profissional.

Vejamos agora como deve ser o desenvolvimento das atividades básicas de marketing com relação à carreira:


Pesquisa
É fundamental que o profissional co¬nheça o seu mercado. Quem compra servi¬ços iguais ao que ele produz. Que conheça o suficiente a respeito dos outros profissionais que oferecem o mesmo tipo de serviço, qual é o seu perfil típico, quais são suas vantagens e desvantagens compa¬rativas. Além disso, precisa saber que forças afetam a área de atividade, quais as tendências que se observam. Todo esse conhecimento se obtém através de pesquisa, que pode ser feita através do acompanhamento das publicações da área, freqüentando as associações profissionais, freqüentando cursos e reuniões sobre a área, preparando um inventario de conhecimentos e experiências, registrando quem é quem na área e também, realizando pesquisas visando à ampliação de conhecimentos a profissão ou o mercado em que atua.


Desenvolvimento do produto
Você um produto, mas que vende conhecimento, experiência, qualidades, etc., assim entenda que apesar de você ser um produto, você não está à venda.
Assim, desenvolva os subprodutos que você produto gera, de forma que eles sejam atrativos ao mercado.
Lembre-se que sempre existem compradores potenciais, dispostos a pagar um preço por aquilo que você tem a ofe¬recer, desde que entendam ser vantagem comprar de você, para tanto é fundamental planejar bem o “produto” que vai oferecer a eles.
O mercado não compra características, compra benefícios, que devem satisfazer as necessidades racionais, emocionais e sociais do cliente.
As racionais poderiam ser definidas como aquelas que atuam de forma pratica na solução de um problema, enquanto que as emocionais são as que envolvem os sentimentos, principalmente os de segurança e incertezas. Já os sociais podem ser classificados como os que tratam de imagem, credibilidade e status.
Um bom exercício seria o de definir uma lista dos benefícios que o cliente teria ao “adquirir” o seu produto, levando-se em conta os aspectos racionais, emocionais e sociais.
Outra questão fundamental é descobrir que itens de valor o comprador potencial busca no tipo de serviço lhe é oferecido.
Deve-se também identificar o peso, ou seja a importância, que o cliente dá para aquele item, bem como verificar como a concorrência atende ao cliente naqueles aspectos. Pode-se dar notas de 1 a 5 para o peso, o grau e os concorrentes. Seria como fazer um mapa que possa ajudá-lo.


Mapa pessoal:
Tipo de Benefícios: Descrição – Grau de Importância – Observação


Racionais:
Emocionais:
Sociais:


Mapa de analise da concorrência:
Itens mais valorizados pelo cliente: Peso – Concorrentes (A, B.C) - Você


Desenvolvendo um projeto
Para desenvolver um projeto de marketing profissional, deve-se inicialmente buscar o maior numero de idéias possíveis (dentro de uma área) de forma que pelo menos uma destas idéias possa demonstrar sua viabilidade.

Avaliação preliminar
A idéia selecionada deve ser avaliada inicialmente de maneira bem sucinta e simplificada, só devendo merecer um estudo mais profundo se for à escolhida.
Note que você não deve investir tempo e dinheiro, pesquisando uma idéia que não seja razoavelmente promissora.
Importante observar, na avaliação preliminar, alguns pontos básicos e fundamentais, que são: o seu interesse, o potencial de mercado, a viabilidade econômica, a viabilidade técnica, e o seu potencial para executar aquela idéia .

Estudo de viabilidade
Você já tem uma idéia, com grandes chances de ser viável e promissora, agora é hora de iniciar aquele estudo mais detalhado, que necessita ser uma demonstração completa das vantagens do projeto, devendo ter alguns itens básicos como:
• benefícios
• como ele se posicionará na empresa
• custos e resultados esperados
• dificuldades de execução
• requisitos para implantação

Desenvolvimento do conceito
O próximo passo é desenvolver o conceito do serviço ou projeto que se quer implantar. O conceito nada mais é que uma idéia inicial enriquecida pelos detalhes.
Nele deve constar o nome, a descrição sucinta e a detalhada, os detalhes de funcionamento e a apresentação do mesmo.

Teste
Após desenvolver bem o conceito, prepare um piloto e submeta-o a um teste, de forma a ter a certeza de que o projeto é tudo aquilo que você havia imaginado.


Apresentação
Concluídas todas as etapas anteriores, na certeza de que seu projeto é bom e viável, prepare a apresentação final, ou seja, a sua demonstração teórica de todo o conceito e da estrutura final do projeto.
A apresentação deve ser o mais clara, objetiva e lógica, de forma a mostrar claramente ao seu patrocinador a viabilidade de sua execução.


Implantação e acompanhamento
Após a aprovação inicia-se a etapa da execução, que deve ser cuidadosamente realizada, de forma a garantir sua implementação.


Comunicação
Chegamos a um ponto em que já temos um excelente projeto na mão, em que você sabe de suas excelentes habilidades, qualidades e conhecimentos, mas ainda falta alguma coisa, uma delas sem duvida é a comunicação, ou seja, as pessoas tem que saber também tudo aquilo que você já sabe.
É importante observar que existe, historicamente, algumas premissas fundamentais na carreira pelo ponto de vista da comunicação.
Uma delas são a popularidade e a divulgação, pois um profissional precisa ser conhecido e principalmente lembrado pelo mercado.
Outra é a credibilidade, que com certeza é algo fundamental para o sucesso de um profissional.
Existe ainda a atratividade, ou seja, que as idéias, projetos e alternativas sejam atraentes para o mercado.
Existem algumas regrinhas que podem ajudá-lo a aprimorar e melhorar sua comunicação, elas não são nenhuma novidade, mas nunca demais é bom lembrá-las de forma a sempre fazer bem feito:

• Você é aquilo que aparenta. Mostre-se sempre competente, profissional e ético.
• Seja sempre simpático. Exercite sempre o otimismo, colaboração, entusiasmo, espontaneidade e simplicidade, lembrando-se que a antipatia, má educação, indiferença, superioridade e arrogância sempre jogam contra você.
• Exercite seu bom humor. Procure combater sempre o aborrecimento e mau humor.
• Procure sempre colocar-se no lugar do outro, de sentir as coisas como ele sentiria.
• Diga o que realmente sente, não espere que os outros consigam adivinhar o que você quer e o que está sentindo.
• Saiba dizer não e a explicar por que. Evite a demagogia que poderá prejudicá-lo muito mais no futuro.
• Desenvolva suas habilidades de comu¬nicação.


Vendendo a si mesmo e seus projetos
Vender é ofertar e conseguir convencer alguém a comprar. Nenhum produto resiste no mercado se não conseguir ser vendido. Assim no mundo profissional, cheio de ofertas, é fundamental ser líder de vendas para subsistir.
Existe a crença, entre inúmeros profissionais, que apenas a sua qualificação o levará a uma carreira de sucesso. Infelizmente isso não é uma verdade, pois é preciso fa¬zer um esforço continuo e total buscando a adesão e manutenção de seus clientes.
Desta forma é importante que seu patrocinador (empregador), saiba o que você quer e que você peça o seu apoio, ele com certeza também tem a ganhar com sua melhor qualificação.
Importante ainda que você mantenha os seus projetos vivos, que conquiste aliados numa base permanente, que não tenha vergonha de vender suas idéias e intenções.

Mantendo a satisfação
O que chamamos de pós venda no marketing tradicional, também é algo muito importante na proposta profissional, pelo que é fundamental prestar sempre assistência imediata e eficiente ao cliente, mantendo o canal de comunicação sempre aberto para qualquer necessidade.
Lembre-se ainda e mais uma vez que o produto que você vende é você, é o que existe de conhecimentos, experiência, habilidades, responsabilidade em você. Uma vez que tudo isso faz parte da sua própria pessoa.
Assim a comunicação deve acontecer em todos os momentos de sua vida, seja na imagem que você transmite ao mercado, seja nas sua ações e atitudes, seja na sua competência profissional.

Aprimoramento contínuo
Para aprimorar seus conhecimentos, habilidades, competências e até características, você pode e deve lançar mão de toda e qualquer ajuda que possa auxiliá-lo, ou seja, procure sempre aprimorar-se, melhorar e tornar-se mais e mais qualificado.
Cursos, treinamentos e até apoio psicológico são armas que você não pode deixar de utilizar caso seja necessário.

Rede de relacionamentos (Networking)
Esta é outra arma bastante eficaz para desenvolver seu marketing profissional, é através dela que você se torna cada vez mais conhecido, que tem maior exposição no mercado e consegue saber das melhores oportunidades.
Quando você fala em rede de relacionamentos, em "networking" profissional, entenda-se como uma forma sistêmica, informal e planejada para o desenvolvimento de contatos interpessoais.

Os propósitos básicos para tanto seriam:
1. Colher e organizar informações que auxiliem você a focar seu objetivo de carreira, assimilar tendências, eventos ou fatos relevantes para o melhor desenvolvimento de seu projeto, inclusive de descobrir opções de mercado.
2. Ganhar o quanto possível uma melhor e maior exposição no mercado de trabalho;
3. Conseguir o maior número de nomes e referências para que você possa continuar e expandir seu “network”.


Existe duas leis básicas que subsidiam o “network”, através das quais aprendemos que não são as empresas que contratam e mantém as pessoas, são sempre pessoas que contratam, mantém e demitem pessoas. A outra é que as pessoas só contratam quem elas conhecem.
A sua rede de relacionamentos começa sempre em casa, com os seus parentes, sua família, os amigos mais próximos, seus vizinhos, velhos amigos, amigos mais distantes, ex-colegas de trabalho, seu médico, dentista, contador, advogado, analista, membros de clubes ou de clubes de campo, conhecidos de academias de ginástica ou de esportes, pessoas que você encontra na reunião de pais em colégios, atividades religiosas, organizações de bairro.
A complementação se dá nas suas relações profissionais, com colegas da própria organização (quando possível) ou da ex-empresa, como superiores, subordinados, pares, secretárias, pessoal de staff, com conhecidos de outras organizações (clientes, fornecedores, contatos, consultores, advogados, contadores, prestadores de serviço em geral, publicitários, pessoal de mídia, jornalistas, editores).
Importante ainda seu conhecimento com membros/diretores de associações de classe, câmaras de comércio, consulados, professores ou ex-professores de cursos de graduação e pós-graduação, ou mesmo de cursos em geral, colegas ou ex-colegas de cursos, palestrantes em seminários ou congressos.
Existe ainda o que se chama de rede de relacionamentos de oportunidades, que seriam com pessoas que você encontra por acaso, em eventos, seminários, viagens de avião, as apresentadas em eventos sociais e aquelas que você encontra no seu dia-a-dia.
O que você espera desta rede de relacionamento é que aumente a sua visibilidade, o conhecimento que as pessoas tem de você.
Até porque existe uma máxima sobre "networking" que é um grande ensinamento. Segundo ela,
"Network" não é saber quantas pessoas e telefones existem em sua agenda e sim em quantas agendas está o seu nome e o seu telefone.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O alegre despertar de um sonho!


Léo Salgado


Peço licença para abrir um espaço entre a série de artigos sobre o Novo Emprego, para conversar um pouco com vocês sobre um sonho que vai se tornando realidade e nos fazendo ter um alegre despertar.


Trata-se da fundação do Instituto Carlos Henrique Hasselmann, o nosso Instituto CH.


A idéia da criação do Instituto CH surgiu logo após o falecimento do nosso querido amigo, sócio e parceiro, o CH, com quem dividíamos o sonho e os ideais que fizeram surgir o RHDebates.


A criação do Instituto serve para levar adiante inúmeras crenças e para dar longevidade ao site do RHDEBATES e seus encontros presenciais, uma vez que passaríamos a ter uma pessoa jurídica mantenedora do espaço virtual e com a transferência da responsabilidade de colocar no ar os Fóruns bimensais, das pessoas físicas do Léo, da Regina, Marcelo e da Lidia para a de uma Instituição que é criada com este objetivo (entre vários outros).


Assim, no dia 16 de Agosto de 2010, nas comemorações dos 3 (três) anos de RHDebates, surge o Instituto CH, com missões importantes a cumprir e muitos sonhos a serem sonhados.


Neste momento, acredito ser importante dar uma idéia geral a todos, sobre os objetivos do Instituto CH, que começa a engatinhar com um desejo enorme de crescer o mais rapidamente possível.


Os objetivos definidos nos estatutos sociais do Instituto CH são os seguintes:


I – Sugerir, promover, coordenar e executar ações, projetos e programas relacionados com o desenvolvimento de Recursos Humanos e áreas afins que tratem de Gestão de Pessoas e Capital Humano.


II – Reunir e preservar documentação sobre a vida e as obras de influentes profissionais de Recursos Humanos;


III – Constituir centro de pesquisa, estudos, desenvolvimento e difusão da atividade dos profissionais de Recursos Humanos e assemelhados;


IV – Promover e organizar eventos, exposições, festivais, mostras, cursos e concursos culturais;


V – Promover viagens de estudo e intercâmbio na área de sua atuação;


VI – Atuar como entidade mantenedora do Site “Rhdebates”, seja em seu modo virtual, seja em suas reuniões e eventos presenciais;


VII – Educar crianças e adolescentes portadoras ou filhos de portadores de câncer, para a vida pelo trabalho, envolvendo-os no lazer criativo, produtivo e participativo, viabilizando-os como pessoas e como cidadãos;


VIII – Oferecer cursos profissionalizantes aos adolescentes portadores ou filhos de portadores de câncer;


IX – Apoiar, inclusive financeiramente, a entidade conhecida como ABRAPAC;


X – Distribuir cestas básicas aos familiares das crianças e dos adolescentes, portadores ou filhos de portadores de câncer, em caráter emergencial, nos finais e ano;


Pelo que pode ser notado, nasce o Instituto CH com objetivos claros e definidos, que aliam a nossa ânsia por conteúdo, cases, projetos e ações de Recursos Humanos, pela preservação da memória de nossos “dinossauros” de RH (onde o CH e eu nos enquadramos), com um projeto social baseado nas ações que o CH praticava e que desejava levar adiante, seja no auxilio ao desenvolvimento de crianças e adolescentes portadores de câncer, seja no auxilio a uma entidade que ele abraçou e adotou como sua, que é a ABRAPAC.


Para tanto, iniciamos nossa nova vida em busca de recursos e parceiros, que possam se unir a nós nesta cruzada diária e incessante de ajudar o desenvolvimento pessoal, profissional e espiritual destas crianças e adolescentes, e a ABRAPAC, a quem já destinamos um percentual do valor de todos os livros vendidos em nossos encontros presenciais.


Esperamos em breve estar lançando cursos e workshops com a marca da qualidade RHDebates, bem como, começamos a estudar o desenvolvimento de um Seminário para o próximo ano.


Bem, as idéias são muitas, mas ainda precisam ser debatidas e discutidas, para que possam ser corretamente planejadas e desenvolvidas, mas com certeza, iniciamos um novo ciclo, com novos articulistas no nosso site, integração com o Twitter e Youtube e muitas outras novidades que estão por vir.


Mas, para que possamos levar adiante tudo isso, é fundamental a participação de todos, seja abrilhantando nossa platéia nos encontros presenciais, visitando nossa pagina na internet e com isso aumentando nosso trafego, tornando-se um patrocinador ou indicando-nos a um patrocinador.


Afinal, nosso novo sonho está apenas começando, aceite nosso convite e vamos sonhar juntos!


Um abraço.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Coluna do Léo





A Nova Empregabilidade: Como planejar, organizar, orientar e tomar decisões estratégicas na carreira. O Plano de Carreira (Parte 7)

Léo Salgado

Que é importante sonhar e ter sonhos, ninguém duvida, mas é fundamental torna-los realidade. Se você pensar um pouco vai notar que é bem grande o numero de pessoas, que você conhece, que sonham de mais e realizam de menos. A receita mais perfeita para conseguir transformar sonhos em realidades é o trabalho.
Note entretanto que quando se fala que é importante trabalhar, é do trabalho certo, da forma correta e não do trabalho infrutífero, que só vai levar a aumentar suas frustrações.
Trabalhar certo, de forma correta, é trabalhar de modo sistemático, metódico, planejado, para usar todos os seus recursos da melhor maneira possível e tirar o máximo proveito deles.
Trabalhar certo, de forma correta, no caso, é saber planejar, organizar, dirigir e controlar a carreira, tirando dela o máximo proveito.
Quando o assunto é planejar, torna-se crucial entender um pouco mais o que é isso.
Planejar é antes de qualquer coisa, antecipar acontecimentos, ou seja, definir hipóteses possíveis sobre o futuro, para agir de tal modo que no futuro a sua condição seja o mais próximo possível do que o que você desejou.
Quando se fala em planejar carreira, deve-se iniciar este planejamento buscando definir o que você poderá fazer, levando em conta que existirão fatores externos e internos a serem suplantados. As externas, são as criadas e desenvolvidas pelo mundo que nos cerca; e a internas as que são causadas por limitações pessoais. Se os fatores externos e internos não forem pesados e analisados corretamente, seu planejamento de carreira tenderá a ser um estrondoso fracasso, uma vez que é impossível tentar ser algo que você não seja capaz de ser.
Um planejamento correto, mostra as limitações e indica o caminho a tomar.
Pode-se simplificar a execução de um planejamento, através de alguns passos a serem seguidos, que seriam:

Passo 1: O querer - Para se definir o que se quer, deve-se partir de um conhecimento adequado das circunstâncias externas e das condições próprias, definindo os objetivos.
Passo 2: O como – Para se definir como agir, deve-se partir do que se quer e estudar as várias alternativas que existem e escolher as mais viáveis.
Passo 3: A atividades – Com a definição do que se quer e de como alcançar, procura-se escolher as atividades a serem desempenhadas e desenvolvidas na busca daquele objetivo.
Passo 4: O Cronograma – De posse do que se quer, de como chegar lá e das atividades a serem executadas para tanto, deve-se montar um cronograma controlável e administrável.

Se você pensar bem, sempre que tem de tomar uma decisão sobre carreira, você procura através da leitura de revistas especializadas, de artigos de autores e profissionais de renome, antecipar tendências, seja sobre empresas, profissão, mercado ou até da economia nacional e internacional.
É normal também, que você de forma totalmente intuitiva, defina o que será possível realizar e se aquele objetivo é plausível e realizável, mantendo, corrigindo ou alterando a partir daí, o que quer, para finalmente, estabelecer como vai batalhar por ele (escolhendo as atividades a serem desempenhadas para tanto), e em que datas espera atingir o que e quando.
O que te proponho é passar a fazer tudo aquilo que você já faz, quase que todo o dia, de uma forma sistemática e racional.
Você concorda ?
Vamos então trabalhar juntos para atingir aos objetivos principais ?
Então mãos a obra !

Primeiramente é necessário preparar um calendário pessoal de planejamento, através do qual vamos estabelecer uma periodicidade para fazer planos e para rever o andamento desses planos. Geralmente esta periodicidade é anual.
A segunda atividade é a de definir um roteiro para planejar. Ele deverá ser simples, pois o mais importante é o conteúdo do seu plano de carreira.
A seguir é necessário definir um processo de planejamento, fundamental para que você não caia na armadilha de achar que está planejando, sem que realmente esteja.
É importante ainda conhecer algumas regras básicas que levam a um bom planejamento (seja ele de carreira ou não), que são:

Disciplinado: planeje de forma habitual e sistemática.
Participativo: Envolva outras pessoas, principalmente as que estão ligadas a sua atividade. Peça opi­niões mantenha-se aberto a críticas e contribui­ções.
Documentativo: Faça seus planos por escrito, arquive-os apropriadamente. Não tenha medo de que no futuro eles se pareçam infantis e simples, eles fazem parte de seu histórico, de sua evolução.
Analítico e Reflectivo: Procure sempre as informações ne­cessárias, analise-as, reflita bem antes de tomar uma decisão importante.
Intuitivo: Use e abuse de sua intuição no processo de plane­jamento. Exercite sua intuição, provoque-a e desenvolva-a. Ao ter uma forte intuição, pense bastante no que ela lhe indica, uma vez que ela é uma forma de conheci­mento, baseada em toda a sua experiência.
Decidido: Não tenha medo de correr riscos não hesite. Não permita que sua capacidade de agir e tomar decisões seja travada pela indecisão, os possíveis erros geralmente são corrigiveis.
Comprometido: Comprometa-se com seus planos, persiga-os incessantemente, eles representam o seu futuro.
Organizado: A organização é fundamental, sendo organizado você consegue superar inúmeros obstáculos, uma vez que é a desorganização, que atrapalha sua eficiência e uma maior evolução na carreira.

A questão da organização merece uma analise a parte, tendo em vista que decisões de organização envolvem pelo menos os seguintes itens, importantíssimos na administração de uma carreira: responsabilidades; atividades; tempo; informações; documentos; recursos; e, locais.
Você deve estar se perguntando, como que estes itens podem ser tão importantes na administração de uma carreira? Vamos perder, ou melhor, ganhar um tempinho pensando um pouco em cada um deles?
Veja só!
Todo profissional assume responsabilidades o tempo todo, seja na vida seja na carreira, porque elas são cruciais nos relacionamentos com os outros. Se um profissional não assumir responsabilidades ou assumindo-as o fizer de forma impensada, arcará com um ônus pesadíssimo e com certeza prejudicará de forma inquestionável a sua carreira.
O segundo fator são as atividades. Você não pode perder tempo com atividades erradas e sim focando o que realmente vale a pena para a sua carreira.
Procure avaliar sempre o que você tem feito, de forma que possa avaliar se o que você tem feito é o que realmente precisa ser feito.
Questione sempre suas atividades e seja o mais critico possível com elas, procurando focar ao máximo aquelas que são fundamentais para a sua vida e carreira.
O tempo é um outro ponto que tem que merecer seu cuidado. Você já reparou que para algumas pessoas o dia tem muito mais do que 24 horas ? O grande segredo é que eles sabem administrar o tempo. É um assunto tão sério que existem cursos e livros específicos em administração do tempo.
Algumas dicas podem ajuda-lo, mas o essencial é que você aprenda cientificamente a administrar seu tempo.

Algumas Dicas de Administração do Tempo
Fuja e tente eliminar os seguintes vilões da administração do tempo:
· Telefonemas fora de hora.
· Conversas por longo período de tempo.
· Visitas não agendadas.
· Reuniões longas e improdutivas.
· Entrevistas inúteis.

Outro verdade inquestionável é que necessitamos de informações o tempo todo. Sejam financeiras, seja um nome, um endereço ou telefone.
Com o advento do computador não se pode admitir que alguém que dá valor à sua carreira possa perder tempo para localizar um telefone em um mar de agendas velhas...
Com relação aos documentos, a organização deles é crucial. Eles devem ser mantidos sempre fáceis de serem localizados. A desorganização de seus documentos pode causar até a perda de uma oportunidade, de tempo e de dinheiro.
Administrar os seus recursos é atividade estratégica. Na verdade seja você é um profissional autónomo ou um executivo, a administração de seus recursos financeiros é crucial para o perfeito desenvolvimento de sua carreira, seja para lhe dar asas a tentar outros voos, seja para garantir um período de entresafra profissional, seja para lhe dar a tranquilidade necessária na administração de suas atividades profissionais.
No meu livro “Manual da Empregabilidade” cito algumas empresas especializadas em finanças pessoais que podem ser um suporte fundamental para o sucesso de seu plano de carreira.
Finalmente o local pode ter uma importância impar na sua produtividade e devem ser organizados, tranquilos, limpos e seguros.
Bem chegamos agora em um ponto em que passa a ser importante a forma de tratar, ser tratado, liderar, ser liderado e sentir as pessoas, que com certeza é algo que vai necessitar muito de sua emoção, sensibilidade e até mesmo criação.
O máximo que posso fazer é dar alguns poucos conselhos que devem servir apenas como mestres em seu debate intimo, criando ao fim um padrão de comportamento próprio que será a sua marca enquanto pessoa.
Com relação a seus superiores hierárquicos e principalmente ao seu chefe direto, seja sempre fiel. A menor atitude rebeldia e insubordinação, é suicídio e infantilidade.
A única exceção seria se seu chefe esteja agindo de forma desonesta ou não ética, no mais você deve se aliar a ele, ajudar, apoiar, ser grato e solidário. Seja sempre honesto com ele, diga claramente o que você quer, o que pensa, sente e o que acha correto, para a sua carreira e até para a carreira dele. Lembre-se que cada degrau que ele subir poderá corresponder a mais um degrau que você poderá galgar. Ética é uma característica marcante no Novo Emprego, até porque passou a ser fator de sobrevivência da Nova Empresa neste nosso Novo Mundo.
Exercite com seus colegas a lealdade, solidariedade e o companheirismo. Esta forma de ser irá criar laços e vínculos que se revelarão vivos e fundamentais durante todo o seu trajeto profissional. Mais uma vez, seja ético, nunca jogue sujo, nem use de expedientes para crescer e para levar vantagem.
Veja no sucesso de seus colegas, as razões que o levaram ao topo, estude-as e procure adaptá-las para você, não crie inimigos que poderão tramar a sua queda, incentive seus colegas a procurarem evoluir e desenvolver suas potencialidades, que sabe um dia seu caminho para o topo passará pela forma que aquele colega sempre lhe viu?
Os seus subordinados devem ser sempre protegidos e cientes de que você está junto a eles, dando-lhes ajuda e suporte.
Inúmeros autores já falaram sobre as 5 chaves do sucesso de um líder, são na verdade as chaves que você deve usar em toda sua vida, seja no trabalho, em casa, na rua, enfim na vida. Elas são simplesmente as seguintes:

"Bom dia; com licença; por favor; obrigado; e, parabéns."

Existe ainda outra regrinha que deve ser exercitada todo o tempo por você, que é:

"Elogios são públicos e admoestações privadas!"

Tomando decisões estratégicas de carreira
No desenvolvimento do planejamento de carreira é necessário tomar decisões estratégicas importantes para o futuro daquela carreira. Note-se que tomar decisões estratégicas também é uma atividade critica de todo profissional.
Ter uma ampla visão e a plena percepção de tudo que passa a nossa volta é condição sine qua de um bom profissional, uma vez que se ele não conseguir tem uma boa visão das coisas, irá tomar decisões equivocadas que refletirão na sua carreira.
Esta maneira de conseguir ver as coisas da forma como realmente são, terá influência em toda a sua vida, particular ou profissional, uma vez que poderá influir na opção de profissão, de emprego e até de mulher e companheira.
Importante ainda entender, que as decisões estratégicas, geralmente são voltadas e importantes para o para o futuro, sendo tomadas em um momento de incerteza, exigindo muita informação, necessitando de analise e julgamento, intuição e sensibilidade, gerando riscos e são impares, pois a escolha de uma opção geralmente soterra a outra.
Interessante notar como coexistem nas premissas de uma decisão estratégica, extremos como intuição e analise, informação e sensibilidade, julgamento e risco. Mas aí é que reside o segredo, conseguir unir todas estas características e decidir utilizando-as em sua plenitude.

O mapa da Decisão estratégica
Pode-se resumir os caminhos que levam às decisões estratégicas, na carreira ao que chamamos de mapa da decisão.
Este mapa da decisão é o que chamamos Plano de Carreira, uma vez que ele nos ajudará a cumprir todos os pressupostos necessários para exercer plenamente as condições necessárias para as decisões estratégicas de sua carreira.
Um plano de carreira compõe-se de 7 itens básicos e pode-se ser desenhado da seguinte forma:

Plano de Carreira
1. Análise do Mercado: Oportunidades e Ameaças
2. Análise de Si Mesmo: Seus Pontos Fortes e Pontos Fracos
3. Definição da Missão, Visão e Valores Profissionais
4. Definição das Áreas Chaves de Resultados
5. Definição de Objetivos
6. Definição de Estratégias
7. Definição de Planos de Ação

O desenvolvimento de um Plano de Carreira
Primeiramente é muito importante entender que existe um mercado, que você não pode tudo e que esse mercado tem leis próprias, ditando as regras do jogo, seja no que se refere às características necessárias dos profissionais, seja no que se refere às profissões e às áreas de atuação.
A primeira coisa a fazer no planejamento, então, é olhar para esse ambiente externo e ver o que ele sinaliza, para onde ele diz que se deve ir e o que será mais vantajoso fazer.
Muito cuidado nesta analise, pois você poderá estar lendo como tendência o que é apenas moda, o que poderá lhe levar a uma escolha errada, que com certeza irá complicar muito o seu futuro.
Observe ainda o que poderiam ser as ameaças e oportunidades. As ameaças são os acontecimentos externos que afetam negativamente agora ou no futuro, enquanto que as oportunidades são os que nos favorecem.
Inúmeros autores, especialistas em gestão e gurus, ensinam que dentre as ameaças mais comuns que podem afetar as carreiras nos próximos anos teríamos:


• A globalização, no que concerne ao surgimento de produtos e serviços mais baratos, advindos de países de menor desenvolvimento, onde o chamado custo de mão de obra é inúmeras vezes inferior.
• O excesso de informações, causado pelo maior desenvolvimento dos sistemas de comunicação, inclusive pela informática, Internet e etc., que ocasionaria um envelhecimento precoce de conhecimentos dos profissionais, reduzindo o valor agregado dos mesmos com relação às carreiras.
• Alterações no perfil das ocupações, com uma substancial redução dos empregos e crescimento dos outros níveis de trabalho, tais como os de: consultoria independente e associada, atividade autônoma, cooperativismo, empreendimentos pessoais..
• Avanços tecnológicos, que fazem com que ocorra um profundo aumento de eficiência, reduzindo proporcionalmente empregos e posições.
• Crescimento da competitividade entre os profissionais é outra ameaça, que na verdade é decorrente de todas as outras, pois cada nova ameaça leva os profissionais a aumentarem sua empregabilidade o que causa uma nova ameaça, por aumentar a concorrência profissional. Entenda-se ainda como ameaça neste ponto a grande quantidade de novos profissionais, cada vez mais capazes e preparados que são lançados no mercado de trabalho a cada ano e a cada vez mais longa carreira dos que já se encontravam no mercado, beneficiados por todas as maravilhas tecnológicas deste Novo Mundo.


Note-se, todavia, que todos aqueles mesmos autores, especialistas e gurus, nos mostram que as oportunidades para carreira se contrabalançam as ameaças e chega a mostrar que não existe necessidade de temer o futuro como se teme o apocalipse, pois ele com certeza será muito melhor do que o passado. Pense bem como isso é um fato histórico!
Se você tiver o cuidado de analisar as ameaças pelo lado positivo, com certeza vai transformá-las em oportunidades, veja só:
A globalização cria novos mercados, gera trabalho e renda em algum local (isto não é oportunidade?)
Quanto mais informações se acham disponíveis, basta saber buscá-las para transformar este problema em solução de desenvolvimento de carreiras.
Quando falamos na mudança do perfil das ocupações, falamos em migração de posições e não em redução de oportunidades. Não é fato?
Da mesma forma, o surgimento de novas tecnologias serve como um eliminador de dificuldades e principalmente como um fator crucial na redução de custos.
Finalmente, com uma competição mais acirrada, o mercado tende a procurar os mais capazes, a querer os melhores serviços e conseqüentemente aqueles que estejam atuando em elevados padrões de qualidade passam a ter uma maior gama de oportunidades.
É fundamental para um bom planejamento de carreira, que se identifique as principais ameaças e oportunidades.
Você pode identificar estas fontes de várias maneiras, uma delas seria cumprindo uma espécie de roteiro, conforme se segue:



Fontes de Ameaças / Oportunidades
Tipo de Força:
Descrição:
Identificação:
Valores e comportamentos sociais do seu cliente potencial

Tecnológicas: Novas tecnologias que podem dificultar e/ou facilitar sua atuação
Políticas: Tendências políticas para médio e longo prazo
Econômicas: Tendências econômicas para médio e longo prazo
Concorrentes: Possibilidade de desenvolvimento de concorrentes e analise periódica do mercado.
Fornecedores:Possibilidade de desenvolvimento continuo de novos fornecedores
Clientes: Tendências de mercado consumidor


Pontos fortes e pontos fracos
A carreira depende da qualificação. Entretanto quando se fala em qualificação, deve-se entender que existem aspectos no qual ela existe, mas é mais forte ou mais fraca.
Na verdade todas as pessoas tem pontos fortes e pontos fracos, (em relação a um objetivo), necessitando ter uma percepção adequada deles, de forma a poder traçar metas possíveis de serem alcançadas.
Existem algumas características que devem ser vistas com cuidado, pois são através delas que podemos descobrir mais facilmente nossos pontos fortes e fracos.
Através do esquema a seguir, pode-se iniciar um estudo de pontos fortes e fracos.


Características
Fortes:
Fracas:


1. Qualificação intelectual, nível de escolaridade, cursos realizados, habito regular de leitura
2. Capacidade de análise, de compreensão, criatividade e memória
3. Qualificação emocional, valores, atitudes, comportamentos e temperamento
4. Graus e domínio de informações, normais e privilegiadas
5. Experiência profissional, empregos, cargos, atividades e trabalhos realizados
6. Vida Associativa, trabalhos acadêmicos, prêmios e homenagens recebidas.
7.Qualificação sociográfica (renda, idade, sexo, moradia, viagens)
8. Imagem no mercado

Missão profissional
Definir uma missão profissional não é muito diferente do que se faz para definir a Missão de uma empresa.
Se você definir de forma equivocada a sua missão, com certeza terá muitos problemas e sua carreira sofrerá sérios riscos de nunca decolar, uma vez que se você definir ser aquilo que não tem vocação, qualificação e tesão de ser, não tem jeito de conseguir emplacar naquela atividade.
Tente analisar e definir sua missão respondendo as seguintes indagações:
1. Minha qualificação intelectual, profissional e emocional indica que estou habilitado a fazer o que?
2. Em que áreas, funções e atividades eu poderei ter maior utilidade?
3. Para os outros, o que eu deveria fazer?
4. O que é que eu realmente gosto de fazer?

Áreas-chaves de resultados
Peter Drucker nos ensina que em toda situação existem atividades que são de impacto, que efetivamente geram resultados, e outras que são acessórias, e que não afetam de forma significativa os resultados. Acreditando neste ensinamento, passa a ser importante identificar são as áreas chaves de resultados, para depois concentrar nelas todo o esforço.
Entenda que é fundamental raciocinar sobre quais são as áreas chaves de resultados, pense em responder quais as áreas chave de resultado para a missão que você imagina.

Objetivos
Objetivos são fundamentais para orientar a ação, pois eles servem primordialmente para indicar o que queremos atingir, sendo em fim o alvo a ser atingido pelo conjunto de esforços, talentos e recursos.
Quando for definir os objetivos, lembre-se que eles devem ter um tempo para acontecerem e serem, claros, específicos, realistas, mensuráveis e, principalmente, desafiadores.

Estratégias
Como estratégias deve-se entender as formas como se pretende atingir os objetivos, razão pela qual devem ter as mesmas características. A grande diferença é que para cada objetivo é necessário pelo menos uma estratégia e que ela só existe em função dele.

O plano de ação
O plano de ação é a forma estruturada, pela qual após a definição do objetivo e da estratégia, traçamos as atividades as serem desempenhadas (com suas datas) e vamos acompanhando o seu desenvolvimento e fazendo as correções de rumo necessárias a garantia do atingimento dos objetivos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Coluna do Léo


A Nova Empregabilidade - Como transformar sua carreira em negócio! (Parte 6)

Léo Salgado

Definir carreira pode parecer fácil mas na verdade apresenta um certo grau de dificuldade, por se tratar do resultado de uma série de fatores adquiridos ao longo do tempo.
Particularmente, considero que uma das melhores definições de carreira, seria a seguinte:

“Carreira é um patrimônio individual, que necessita receber investimentos ao longo de um período de tempo, de forma que consiga gerar renda ao investidor e proporcionar retornos futuros compatíveis com os investimentos realizados” .

Da mesma forma, definir negócio envolve uma certa complexidade, mas que podemos resumir como:

“Um conjunto de recursos humanos, materiais e financeiros, destinados a produção de um bem tangível ou um serviço, que visa a satisfação de uma necessidade ou desejo de clientes, que proporcione retorno financeiro compensador”.

Pode-se ainda complementar esta definição dizendo que todo negócio envolve riscos ( clientes, custos, concorrência, etc.) e necessita ser administrado com eficiência e excelência.
Se você reparar bem, todo este complexo de informações, necessidades e características estão presentes em uma carreira.
Uma carreira pressupõe a mobilização de um conjunto de recur­sos (trabalho, talento, nome/marca, investimentos, etc.). Ao longo da vida de um profissional ele estará produzindo um bem ou serviço (que pretende satisfazer necessidades ou desejos de clientes). Como tudo isso tem um custo, espera-se um retorno financeiro compensador. Existem riscos, na carreira, seja de um investimento em uma empresa errada, de desagrado da clientela interna, de pre­juízo da imagem e de outros. Bem como tem que haver eficiência e excelência na condução da mesma.
Tal e qual um negócio, uma carreira também precisa ser bem administrada. Não havendo duvidas que uma decisão errada ou um caminho mau escolhido irão gerar dificuldades e perdas no futuro, da mesma forma que com um bom planejamento e uma administração eficiente com excelência irá levar a uma carreira com maior longevidade, plena de sucessos, realizações e retornos meritórios e financeiros.
Para administrar bem uma carreira é importante entendermos que assim como um negócio, devemos adotar princípios de administração que possibilitarão cumprir nossas metas e atingir os objetivos traçados.
Assim, não há como se fugir da equação que determina o somatório de um conjunto de princípios, que podemos resumir da seguinte forma:


Administrar uma carreira = Planejar + Organizar + Dirigir + Controlar

Podemos conceituar estes princípios da seguinte forma:


Planejamento
Planejar é exercitar a analise adequada da situação atual, definindo os rumos e as ações e as metas a serem atingidas, em um certo lapso temporal.

Organização
Organizar é estabelecer funções, atividades, procedimentos, sistemas e outras medidas administrativas, que sejam necessárias para a realização eficiente de tarefas inerentes ao sucesso do negócio (carreira).

Direção
Dirigir é lidar com pessoas, liderá-las e moti­vá-las para que aceitem e comprometam-se com a visão das metas e estratégias da carreira.

Controle
Controlar é o exercício de medir e analisar de forma sistêmica o andamento da carreira, corrigindo os rumos quando necessário e promovendo avaliações de resultados, que auxiliam na definição de novas ações a serem implementadas para dar continuidade a carreira.

Para se abrir ou aventurar em um negócio é importante tentar avaliar se este negócio terá futuro ou não, existindo várias formas de se realizar este tipo de avaliação. Uma das mais conhecidas é através de checklist´s, que procuram simular e checar o maior numero de hipóteses possíveis.
Quando se fala em carreira, também podemos nos utilizar deste tipo de sistemática. A seguir simulamos algumas hipóteses de questões que podem ser feitas numa avaliação de potencial de carreira:

1. Existe mercado para o tipo de serviço que irei produzir ? Ele é significativamente forte e tem potencial de crescimento ?
2. A remuneração que o mercado esta pronto a oferecer esta dentro de minhas expectativas ?
3. Tenho capacidade, vocação e excelência para competir e vencer neste mercado ?
4. Quais são as necessidades técnicas que vou precisar aprimorar para aumentar minha competitividade neste mercado ?
5. Quais são as necessidades de marketing pessoal a serem desenvolvidas ? Sou capaz de desenvolve-las efetivamente em curto e médio prazo ?
6. Minha qualificação, experiência e conhecimentos estão compatíveis com este negócio ?

Boa Carreira e Bons Negócios!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Coluna do Léo




A Nova Empregabilidade -
Como (passar) a levar sua carreira a sério!
(Parte 5)

Léo Salgado

Parece até brincadeira quando se fala da importância de levar a carreira a sério. Ora, todo e qualquer profissional leva sua carreira a sério, até por uma questão de sobrevivência.
Realmente seria ótimo se fosse verdade. O que ocorre realmente, em inúmeros casos, é que por uma razão ou outra as pessoas acabam deixando as coisas ficarem frouxas, vivendo o dia a dia, a mesmice do habitual e acabam deixando a carreira ao acaso.
A pessoa estuda, se forma e inicia a sua vida profissional, cheia de planos, sonhos e projetos, mas se distrai e se acomoda, esquecendo-se de seus sonhos passando a levar a vida ao sabor das ondas do momento.
Certo dia, ao despertar para uma nova realidade, geralmente um despertar traumático, causado por uma “disponibilidade forçada”, descobre que não levou a carreira a sério e que a conseqüência principal disso é uma incrível dificuldade de reajustar-se no mercado de trabalho, principalmente agora na realidade da Nova Empresa.
Geralmente as pessoas acabam deixando de pensar e preocupar-se com sua carreira, por algumas razões bastante simples e pontuais, que seriam:
* Distração
* Deixar para amanhã
* Inconseqüência
* Medo
A única forma de evitar uma destas 3 causas mais freqüentes e de tantas outras mais particulares, é conscientizar-se de que existem estes riscos e trabalhar sempre o seu estado de espírito para evitá-las, ao mesmo tempo em que leva adiante um plano formal de desenvolvimento de carreira (com modelo em anexo).
Lembre-se ainda que não exista a menor duvida de que na sua carreira, se você deixar as coisas ao acaso, o sucesso só virá se você for favorecido por um lance de sorte.
Vamos aproveitar e falar um pouco sobre cada um destes fatores que acabam atrapalhando carreiras que poderiam ter sido brilhantes:

Distração

Geralmente apesar da pouca idade do profissional, da boa formação profissional e de um inicio de carreira motivado e ambicioso, o profissional consegue um bom emprego, com um bom salário, plano de benefícios, vale refeição de bom valor e principalmente um excelente ambiente de trabalho.
É claro que como recém formado seria impossível uma posição gerencial, então lhe oferecem um função de assistente, mas com excelentes perspectivas de crescimento.
Logo aquele profissional se sente perfeitamente adaptado ao trabalho, as pessoas que compõe a empresa e a uma nova vida que não estava acostumado a ter nos tempos de estudante e estagiário.
As conquistas do dia a dia vinham acontecendo, aumentos esporádicos de salário davam um gás especial e finalmente apareceu à pessoa que ele esperava, do conhecer, ficar e casar foi um passo, afinal ela também trabalhava, tinha um razoável salário e uma cabeça fantástica.
Do casamento, ao primeiro filho e a decisão de comprar um apartamento não decorreu tempo algum, logo a preocupação com a estabilidade, com a garantia da remuneração certa para pagar a prestação do imóvel e a garantia do plano de saúde da mulher e principalmente do primeiro filho, foram fatores cruciais que lhe fizeram engolir os primeiros sapos. A promoção de outro para ser o gerente da área, quando finalmente “aquele” outro se aposentou, foi digerida com um pouco de dificuldade, mas enfim, são coisas da vida...
O tempo foi passando, outras dificuldades foram ocorrendo, até que, surge o momento trágico, a empresa resolve passar por um processo de reengenharia e decidiu cortar algumas posições.
Mas afinal é uma excelente empresa e está oferecendo um excelente pacote de desligamento, inclusive com o pagamento de um outplacement.
Maravilha, aquele profissional vê ali uma chance de conseguir um bom dinheiro e uma nova colocação no mercado, pois sabe que é um excelente profissional e com certeza conseguirá algo bem melhor e numa empresa que vai valorizá-lo muito mais que a atual.
Tudo acertado vem à grande decepção. O dinheiro está indo embora e nada de recolocação, pois na verdade ele é um bom profissional, mas um péssimo produto a ser vendido, com mais de 40 anos de idade, que se distraiu e nada fez por sua carreira, não tendo assim nada a oferecer!
Agora então é ainda mais difícil, pois as empresas falam em características, conhecimentos, experiências e habilidades que ele nunca ouviu falar!
História inverossímil? Muito pelo contrário! É um retrato bastante real do nosso mercado. A cada dia nos últimos 18 anos esbarrei em vários casos idênticos a este, em que só se trocam os nomes dos atores principais e das empresas (muitas em mais de uma peça).
A culpa é sempre do ator principal. Que nunca exercitou sua ambição de crescer, nunca foi fundo na ambição de crescer, que nunca planejou a sua carreira nem perseguiu os resultados.
Com absoluta certeza o que leva estes profissionais a não cuidar de suas carreiras é a distração. As pessoas se distraem com o trabalho que têm, com a vida que se apresenta, com as atividades do dia a dia e se esquecem de olhar para o lado, para frente e para trás. Quando acordam, descobrem desesperadas que o tempo se foi, ou como disse o nosso poeta “o tempo passou na janela e só Carolina não viu“...

Acredito que as causas mais comuns da distração, são:

* Trabalho envolvente e gratificante
* Trabalho agradável
* Ambiente de trabalho agradável e interessante
* Vida gratificante fora do trabalho
* Forte concentração em um aspecto da vida ou do trabalho
* Acomodação financeira

Deixar para Amanhã

Quando eu tracei o exemplo do profissional que se esquece de tratar da carreira, você se lembra que teve um momento que ele conheceu alguém, ficou e casou, num instante ficou “grávido” e resolveu dar segurança para sua família e “comprou” um apartamento, que seria dele dentro de uns poucos 10 anos, no máximo.
A partir deste momento aquele profissional engoliu alguns sapos, mas só por um tempinho, porque assim que liquidar as prestações do apartamento, de fazer o tratamento dentário do filho, ele vai resolver tudo e cuidar de sua vida profissional.
Mas na verdade ele também acha que antes é melhor ele conseguir um pouco mais de experiência e passar a dominar aquele novo software que todo mundo ta usando.
Esse tipo de atitude é uma constante no mundo corporativo e muitas vezes é até bastante verdadeiro e sensato, mas geralmente não deixa de ser uma grande desculpa, adiando e deixando para amanhã a responsabilidade de tomar uma decisão.
Combater este tipo de atitude é muito mais difícil do que combater a distração, pois o “deixar para amanhã” sempre se baseia em uma premissa ou argumento sensato e verdadeiro, mas que esconde uma simples desculpa para não fazer.
Assim o ideal é não esperar para fazer o que deve ser feito. Se você projetou e planejou uma carreira ideal, procure alcançar o resultado da mesma forma que o faz na empresa onde trabalha, para cumprir um plano de metas, o orçamento aprovado ou o planejamento fechado com a Matriz.
Seja também um profissional ao gerenciar sua carreira e pare de se enganar.
Outra desculpa muito natural é a de que “preciso me preparar melhor”... Isto não passa de outra desculpa, até porque muitas vezes você se prepara tanto que perde seu lugar no vôo do sucesso.
O deixar para amanhã, geralmente ocorre em razão de alguns “motivos” que se tornam repetitivos ao longo do tempo, dos quais podemos citar os seguintes:

* Medo de decidir.
* Insegurança sobre a capacidade de encarar o desafio.
* Medo de dizer não.
* Perfeccionismo.
* Necessidade de ordenar a própria vida.
* Planejar sempre o ano que vem.

Inconseqüência

Existe um grande grupo de profissionais que podemos chamar de crianças. São aqueles que tal quais as crianças fantasiam e viajam na imaginação, definindo o que vão ser quando crescer.
Tanto quanto as crianças que sonham em ser o Presidente da Republica, um jogador de futebol tão bom quanto o Ronaldinho, aqueles profissionais imaginam que logo galgarão posições importantes nas empresas onde acabaram de ingressar, pois afinal de contas ele muito bom, é fera, constantemente elogiado pela gerencia, pelos Diretores e até pelo Presidente.
A certeza de que ele supera as expectativas é tão grande, que ele sabe que subir na hierarquia é apenas uma questão de tempo, afinal ninguém consegue superar as metas traçadas como ele, ou alcançar os resultados que a Matriz exige ou ainda, terminar um relatório cabeludo em tão pouco tempo quanto ele.
Mas o tempo vai passando, novas pessoas vão ingressando na organização, os sistemas vão sendo substituídos, os requisitos do mercado vão mudando, mas ele permanece lá, imbatível, imutável e absolutamente surdo a todos os avisos de mudança.
Quando este tipo de profissional acorda, descobre que sua inconseqüência levou-o a morte prematura, que poderia ter sido facilmente evitada, bastando que ele conseguisse ver a necessidade de se adequar a este Novo Mundo que estava surgindo.

A inconseqüência também tem alguns motivos que podem ser identificados, de forma a serem evitados, dos quais posso destacar:

* Excesso de auto valorização.
* Ingenuidade e/ou ignorância.
* Concentração na satisfação e prazer imediatos.
* Concentração na ação.

Medo

O medo é uma das características mais freqüentes e difíceis de ser combatidas. Não tenho duvida que diagnosticada esta causa seja necessário ajuda externa, seja de um psicólogo ou analista, que possa auxiliar este profissional a solucionar internamente a causa para que se possam alcançar resultados positivos.
O medo e a insegurança podem originar-se em experiências anteriores frustrantes, que tenham criado um bloqueio interior que não permite aquele profissional pensar em sua carreira e sim e tão somente em manter o seu emprego, sua forma de subsistir neste mundo competitivo e cruel.
Pode se notar que em todas as características anteriores existia um traço dele influindo e decidindo contra a carreira.
Geralmente você encontra profissionais brilhantes que procuram descobrir formas e maneiras de fazer com que seus chefes pensem que as boas idéias saíram de suas cabeças (dos chefes), com medo de que eles (os chefes) concluam que aqueles profissionais sabem e são mais bem preparados do que eles! Porque seu emprego estaria em risco. Você conseguiu entender? É difícil mesmo, pois o pensamento influenciado pelo medo é sempre confuso e apavorante.

Alguns fatores são mais repetitivos quando analisamos o medo, podendo se destacar os seguintes:

* Desequilíbrio financeiro.
* Fraca formação profissional.
* Baixa motivação.
* Excesso de cobrança familiar.

Levando a carreira a sério

Existe uma realidade que é inegável e inquestionável. É que no Novo Mundo que estamos iniciando, mais do que nunca é importante e fundamental preservar seus espaços e consolidar sua carreira.
Não existe duvida que você vai ter que dirigir sua vida profissional tal e qual dirigiria uma empresa, caso estivesse no comando de uma, sob pena de, não atuando de forma eficiente e eficaz, alcançar a falência.
Não podemos discordar de que para se ter e manter o sucesso é necessário estar atento aos acontecimentos e atentos contra as ameaças que poderão afetar negativamente a carreira.
Levar a sério a própria carreira é uma recomendação fundamental. Quer dizer combater a distração, o deixar para amanhã, a inconseqüência e o medo, investindo tempo, energia e se for o caso dinheiro, para extrair da própria carreira tudo o que ela puder dar de gratificação e retomo.
Para que você possa começar a pensar em administrar melhor a sua carreira, existem alguns requisitos básicos a serem observados e que você poderá observar melhor no modelo de plano de carreira que irei apresentar no anexo deste livro.

Requisitos básicos

* Transforme seus sonhos em projetos, colocando datas e objetivos a serem alcançados.
* Defina datas de avaliações periódicas a serem feitas na sua carreira.
* Faça avaliações periódicas, em datas pré estabelecidas, comparando a evolução de seus projetos e de sua carreira.
* Analise ciclicamente a cada período pré determinado se sua carreira está sendo influenciada pelos riscos da distração, do deixar para amanhã, da inconseqüência.
* Faça uma auto-analise periódica de sua vida e verifique se estão existindo premissas que podem levar ao medo e se ele estaria influenciando sua vida profissional.
* Avalie periodicamente se você está investindo o necessário de tempo, esforços e dinheiro para obter o máximo de sua carreira.
* Avalie o mercado, as condições de empregabilidade e as opções de futuro.
* Avalie se a sua atual empresa encontra-se apta e pronta para ser o caminho que você precisa para desenvolver sua carreira.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Coluna do Léo



A Nova Empregabilidade
(O que a Nova Empresa espera de você - Parte 4)

Léo Salgado

Agora você já conheceu um pouco mais deste Novo Mundo que estamos começando a viver, da Nova Empresa que está se adaptando constantemente nesta nova realidade (ou seriam nestas novas e mutáveis realidades?) e começou a conhecer um pouco daquilo que as empresas esperam de seus profissionais, você já se acha pronto para encarar o desafio e procurar uma forma de achar, manter ou garantir sua empregabilidade neste futuro imediato?
Se sua resposta foi positiva, ledo engano, pois ainda tem muito mais coisas para entender, habilidades a desenvolver e características a serem absorvidas por você.
Na verdade, as empresas sabem exatamente o perfil de quem estão procurando. Resta a você procurar aproximar o seu perfil ao máximo desta nova receita e valorizar o seu passe mantendo o foco no negócio e ampliando seu portfólio de competências
Com certeza, sem temer me tornar repetitivo, é importante saber e mais do que isso, acreditar que o que vai determinar seu crescimento profissional de agora em diante é o conjunto de seu desempenho, suas atitudes, seu jeito de se relacionar com os outros, seu comportamento geral.
Abandone de vez a idéia de que o conhecimento técnico específico é o bastante para atingir o sucesso, ou simplesmente para manter o que chamo de Nova Empregabilidade. Conhecer bem sua área é uma necessidade básica de qualquer um profissional, seja de que nível for, neste momento de guerra de talentos e de instabilidade em que se vive, o importante agora é ser altamente competente e multifuncional.
Para a Nova Empresa tudo se inicia a partir da competência, uma vez que ela é, e cada vez mais será, o diferencial entre as empresas. As mais competentes sempre serão as mais competitivas, disto ninguém tem duvidas.
Para a Nova Empresa, competência é o resultado da soma de conhecimentos, habilidades e comportamentos. Este modelo começou a ser difundido nos USA na década de 1990 e podemos destacar dentre seus maiores defensores Hammel e Prahalad.
Descobrir tudo o que você sabe fazer bem e como isso pode interessar ao mercado é uma questão de sobrevivência profissional.
Qual seria então um perfil básico deste Novo Profissional?
Acredito que o profissional tem que ser um excelente realizador, ter comprometimento com suas funções, energia e persistência para encarar todos os desafios que se apresentam em seu dia a dia, atuar com autonomia em relação ao seu superior, ser equilibrado emocionalmente, estabelecer relações sociais amplas, ter capacidade de trabalhar em equipe e ser um cidadão comprometido com o social.
Este seria um perfil dos mais promissores e atende em grande parte às expectativas das empresas porque se destaca nas habilidades interpessoais. A Nova Empresa entende que é fundamental contratar profissionais que tenham valores compatíveis com os do negócio, do que recrutar o especialista mais brilhante do mercado com problemas de relacionamento.
No Novo Mundo onde a competitividade será muito mais sofisticada, em que as oportunidades de negócios proliferam, os recursos humanos valem ouro. Isso porque é deles que nasce a adaptabilidade, a conectividade, a virtualidade, a criatividade, a inovação, o dinamismo e a ambição.
O modelo de competências potencializa suas experiências pessoais e profissionais e te obriga a encarar e reconhecer seus pontos fracos.
O modelo das competências traz para as empresas um novo caminho de desenvolvimento profissional que amplia de forma significante o horizonte profissional de todos, este caminho chama-se “carreira horizontal”, na qual, para uma mesma função, criam-se níveis diferenciados de atuação e de remuneração, cada qual estruturado num determinado conjunto de competências, isso permite a formação de times fortes e unidos, ao mesmo tempo que valoriza as contribuições individuais, pois pode premiar quem apresenta melhor desempenho.
Pelo que você viu até agora a Nova Empresa vai exigir de seus Recursos Humanos cada vez mais, assim é importante que você faça a sua parte, caso seja necessário retorne aos bancos escolares, leia cada vez mais e mais, troque idéias com os colegas, cobre avaliações dos chefes, ouse fazer diferente.
Passe a cultivar e exibir no seu Curriculum Vitae competências duráveis, como adaptabilidade, intuição, confiança, criatividade e determinação, características que sempre encontrarão espaço num mundo em que a competição caminha de mãos dadas com a cidadania.
E aí surge uma outra característica que nunca foi valorizada e cultuada pelas empresas como pela Nova Empresa deste Novo Mundo. Cidadania. Mas, afinal, o que é necessário para ter o que as empresas chama de cidadania ? O que as empresas esperam quando definem querer um profissional cidadão?
Na verdade durante toda a sua vida profissional você foi treinado, adestrado e crivado de mensagens que davam ênfase a necessidade de trabalhar o seu crescimento individual. Com certeza lhe disseram inúmeras vezes que você tinha que se manter sempre atualizado, comandar a sua carreira, de­monstrar cada vez mais iniciativa pessoal. Pelo que você pode ver o foco sempre foi o individual, apenas o lado individual. Só que sempre se falou no individual e nunca no coletivo. É claro que estes conceitos são importantes, mas não podem ser vistos como os únicos, e o mercado começa a valorizar também a sua capacidade de se envolver com o coletivo, de com­partilhar tempo, dinheiro e conhecimento com quem está à sua volta, equilibrando o dar e receber.
Acreditar que o significado da vida, dos indivíduos e das empresas, está nos outros, é a mudança de foco que está sendo exigida pela Nova Empresa, uma vez que ela esta se dando conta de que su­cesso e dinheiro proporciona satisfação temporária, que bônus, participação nos lucros e benefícios são impor­tantes para manter os funcionários comprometidos. Mas, na verdade, a verdadeira motivação está na realização de suas necessidade emotivas e afetivas, e isso se consegue com o exercício efetivo da cidadania, de contribuir para alguma coisa muito mais importante e do que o salário que recebe ao final de cada mês.
As pressões de um mundo cada vez mais globalizado, levam as empresas a procurar reestruturar-se em busca da organização altamente produtiva. Ora, uma organização altamente produtiva necessita de funcionários muito qualificados, comprometidos com a organização, criativos em suas funções, ansiosos por assumir responsabilidades, efetivos no trabalho em grupo e saudáveis de corpo, mente e espírito.
É aí que entra a necessidade de exercer plenamente a cidadania, pois está provado que os que programas de voluntariado, são ótimos para desenvolver esses Recursos Humanos cheios de habilidades. Isso porque os traços de funcionários produtivos coin­cidem com as características bási­cas da atividade voluntária.
Não há mais duvida que fazer o bem aju­da a aumentar o moral e a cons­truir habilidades para o trabalho em equipe, da mesma forma que se dar ao próximo é uma exce­lente oportunidade de treina­mento, tendo em vista que quando as pessoas participam de uma boa causa, tem a chance de exercitar o senso de liderança e de responsabilidade. Da mesma forma que ao expandir as suas perspectivas de vida, consegue enten­der muito melhor os conceitos de missão, visão e valo­res (o tão propagado MVV), sem contar que é mais uma excelente oportunidade de aumentar sua rede de relacionamentos, de aguçar a criatividade e a iniciativa pessoal.
Agora, você precisa realmente valorizar o próximo, não adianta ser um cidadão de fachada, que poderá tornar-se um sério problema para você no futuro, tão logo a sua empresa perceba seu “falso engajamento”.
Não importa para as empresas como você vai fazer a sua parte, seja contando histó­rias para crianças em orfanatos, ajudando ONG´s ou simplesmente ouvir o seu colega de trabalho, sempre vai existir dentro de você uma fantástica sensação de felicidade, de missão cumprida, que vai se refletir no seu trabalho, na sua condição de Ser Humano.
Não existe a menor duvida de que sempre que você se entrega em uma atividade filantrópica, ganha alegria, realização, crescimento pessoal, respeito, credibilidade e vida.
É aquela história antiga que nos ensinou que colhemos aquilo que semeamos!
Agir nesta área não depende de nenhuma graduação, pós ou mestrado, uma vez que qualquer profissional possui um patrimônio de conhecimentos, e cada vez que ele doar-se, irá crescer mais um pouco e adquirir mais conhecimentos e assim sucessivamente.
Apesar de todos entenderem que dividir o banco pessoal de experiências e habilidades é um caminho para buscar o equilíbrio entre o que se recebe e o que se dá, por que você ainda reluta em ser generoso?
Acredito que a resposta está onde hoje se encontra a solução, nas empresas, no mundo das empresas que nos ensinaram a jogar, no mundo competitivo que só premiava a individualidade, as relações chefes e subordinados, dominadas pelo medo, pelo sistema ganhar/perder que era regra empresarial (para alguém ganhar outro tem que perder). A Nova Empresa ao exaltar a necessidade do trabalho de equipes, valorizando o coletivo, reduzindo a importância dos chefes com as carreiras horizontais, e com o entendimento de que a relação tem que ser ganhar/ganhar, começa a mudar a história.
Nesta nova relação ganha quem recebeu ajuda e descobriu experiên­cias diferentes, ganha em igual proporção, quem dividiu os conhecimentos acumulados ao longo da carreira.

A grande vitória está na realização pessoal, este ganho não
pode ser medido pois ele vai influir em todo o seu ser, no seu intimo e no
resultado final do seu trabalho.

Se você quer começar a exercitar esta parcela cidadã do seu ser, deve começar em sua própria casa, pois uma das áreas mais afetadas pelo desequilíbrio en­tre receber e dar, é a família. Muitos profissionais pas­sam anos seguidos, às vezes a vida toda, dando o míni­mo — em termos de tempo, de atenção verdadeira, de dedicação, de solidariedade para sua própria família.
Não se trata de discutir se proporciona uma vida equilibrada, estável financeiramente, socialmente correta, participando de aniversários, festas de fim de ano, etc., significa estar disponível para os seus, pronto para ouvi-los, pensar junto, consolar, partilhar preo­cupações, se entusiasmar, se interessar.
Suplantado o primeiro desafio, procure fazer o que chamo de balanço social, ou seja liste o que você já doou de si para os outros em toda a sua vida. Não vale contabilizar as doações que você fez pensando na redução do Imposto de Renda, nem o trocado do sinal, a bala comprada para ajudar a criança ou o ceguinho da esquina. Não, o que você doou que fazia parte do seu banco de conhecimentos e experiências, o trabalho voluntário que não lhe rendeu descontos de impostos nem diplomas de Honra ao Mérito. E sim o que realmente lhe fez sentir mais vivo, participante, Ser Humano!
Alguns estudos realizados nos USA nos dão noticia de que o exercício da doação de si mesmo pode ajudar a adicionar ao seu patrimônio pessoal uma série de habilidades e a levar a uma gama de mudanças de atitudes.
Quanto as habilidades mais importantes poderíamos citar as de: comunicação; administração do tempo e das pessoas; negociação; planejamento de objetivos em curto e longo prazo; definição de orçamentos e alocação de recursos; e, gerencíamento do estresse
No que se refere a mudanças de atitudes temos o aumento da compreensão e respeito pela diversidade; de responder a dificuldades; na capacidade de assumir riscos calculados; do senso de comunidade e de obrigação social; e, resistência positiva a sentimentos como alienação e isolamento.