Coluna
do Léo
Léo
Salgado
Já
faz algum tempo que questiono qual o fator mais importante na hora de escolher
uma posição no mercado de trabalho.
Durante
muito tempo o grande diferencial era a remuneração propriamente dita, o salário
que iriamos receber no novo emprego ou o aumento que passaríamos a ter naquele
ano.
Salario
era a única retribuição pelo trabalho e dedicação de um funcionário, era o que
interessava na hora da contratação, era o que mantinha você no emprego e era o
que te incentivava a mudar de empregador.
Com
a criação das áreas de Cargos & Salários, passamos a conhecer as pesquisas
de cargos e salários, os plano de remuneração, os pisos salariais por
categorias e os acordos e dissídios coletivos que se equivaliam, o fator
salario deixou de ser um diferencial, ocasionando a politica dos benefícios,
com a criação dos vales refeição e alimentação, vale transporte, cestas
básicas, auxilio creche, etc.
Mais
uma vez a concorrência aconteceu e estas “vantagens” passaram a incorporar as
remunerações com equiparações de valores destes inúmeros vales e auxílios.
Em
um belo momento surgem como diferenciais as recompensas, com as politicas de bônus,
remuneração estratégica, política de metas, participações no lucro e correlatos...
e mais uma vez a concorrência vem fazendo estes tipos de recompensas se
equivalerem e deixarem de ser um diferencial para os empregados.
Com
certeza algo novo já existe ou está preste a ser criado, mas a tendência é que
as empresas logo comecem a seguir o caminho, corrigindo as distorções e
desenvolvendo programas gêmeos.
Na
verdade, ao longo de todos estes anos, o que funcionou mesmo como diferencial
nos processos de recrutamento e manutenção dos funcionários, foi o conceito do
prazer... do prazer de trabalhar naquele lugar, do prazer de conviver com as
pessoas que compõem aquele quadro de colaboradores, do prazer de poder estar
naquela empresa, construindo a sua história.
Mais
do que o conceito da “Felicidade Corporativa” o prazer de fazer parte daquela
empresa, de ser aquela empresa, é o diferencial que distingue quem é de quem
foi...
Não
conheço formulas para se atingir este prazer, conheço sim ações e atitudes que
levam uma pessoa e ficar receptiva a sentir este prazer.
Carinho,
acolhimento, disciplina, diversão, respeito, doação e amor, são alguns dos mais
importantes fatores que levam ao prazer nas organizações.
Agora
a forma de conseguir que seus colaboradores consigam chegar a ele é uma outra
história, não existindo até hoje nenhum roteiro ou manual, até porque vai
sempre variar de empresa para empresa, até porque depende das pessoas que fazem
estas empresas.
Legenda: As festas de final de ano da Wella eram uma pura demonstração do prazer de trabalhar naquela empresa...