quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Remuneração, Recompensa ou Prazer?


Coluna do Léo

Léo Salgado

Já faz algum tempo que questiono qual o fator mais importante na hora de escolher uma posição no mercado de trabalho.
Durante muito tempo o grande diferencial era a remuneração propriamente dita, o salário que iriamos receber no novo emprego ou o aumento que passaríamos a ter naquele ano.
Salario era a única retribuição pelo trabalho e dedicação de um funcionário, era o que interessava na hora da contratação, era o que mantinha você no emprego e era o que te incentivava a mudar de empregador.
Com a criação das áreas de Cargos & Salários, passamos a conhecer as pesquisas de cargos e salários, os plano de remuneração, os pisos salariais por categorias e os acordos e dissídios coletivos que se equivaliam, o fator salario deixou de ser um diferencial, ocasionando a politica dos benefícios, com a criação dos vales refeição e alimentação, vale transporte, cestas básicas, auxilio creche, etc.
Mais uma vez a concorrência aconteceu e estas “vantagens” passaram a incorporar as remunerações com equiparações de valores destes inúmeros vales e auxílios.
Em um belo momento surgem como diferenciais as recompensas, com as politicas de bônus, remuneração estratégica, política de metas, participações no lucro e correlatos... e mais uma vez a concorrência vem fazendo estes tipos de recompensas se equivalerem e deixarem de ser um diferencial para os empregados.
Com certeza algo novo já existe ou está preste a ser criado, mas a tendência é que as empresas logo comecem a seguir o caminho, corrigindo as distorções e desenvolvendo programas gêmeos.
Na verdade, ao longo de todos estes anos, o que funcionou mesmo como diferencial nos processos de recrutamento e manutenção dos funcionários, foi o conceito do prazer... do prazer de trabalhar naquele lugar, do prazer de conviver com as pessoas que compõem aquele quadro de colaboradores, do prazer de poder estar naquela empresa, construindo a sua história.
Mais do que o conceito da “Felicidade Corporativa” o prazer de fazer parte daquela empresa, de ser aquela empresa, é o diferencial que distingue quem é de quem foi...
Não conheço formulas para se atingir este prazer, conheço sim ações e atitudes que levam uma pessoa e ficar receptiva a sentir este prazer.
Carinho, acolhimento, disciplina, diversão, respeito, doação e amor, são alguns dos mais importantes fatores que levam ao prazer nas organizações.
Agora a forma de conseguir que seus colaboradores consigam chegar a ele é uma outra história, não existindo até hoje nenhum roteiro ou manual, até porque vai sempre variar de empresa para empresa, até porque depende das pessoas que fazem estas empresas.






Legenda: As festas de final de ano da Wella eram uma pura demonstração do prazer de trabalhar naquela empresa...