segunda-feira, 21 de julho de 2008

Coluna do Léo


A Regata




Diariamente eu recebo um sem numero de e-mails. Vários deles são mensagens, correntes e orações. Selecionei alguns muito especiais e criei uma série que chamo:


“Textos Anônimos da Internet”


“Conta a história que, em alguma data do passado, houve uma competição entre as equipes de remo do Brasil e do Japão.”

Logo no início da regata, a guarnição japonesa começou a se distanciar e completou o percurso rapidamente. O barco brasileiro chegou à meta com UMA HORA de atraso.

De volta ao Brasil, o Comitê Executivo se reuniu para as causas do desastroso resultado e constatou:

· A equipe japonesa era formada por 1 Chefe de Equipe e 10 remadores.

· A equipe brasileira era formada por 1 remador e 10 Chefes de Equipe.

A decisão passou, então, para a esfera do Planejamento Estratégico, que deveria realizar uma seríssima reestruturação da equipe, visando à prova do ano seguinte.

No ano seguinte, dada a largada, os nipônicos dispararam e, desta vez, nossa equipe chegou com DUAS HORAS de atraso.

Uma nova análise do fracasso mostra os seguintes resultados:

· A equipe japonesa continuava com 1 Chefe de Equipe e 10 remadores.

· A equipe brasileira, após as mudanças introduzidas pelo pessoal de Planejamento Estratégico, era formada por:

1 Chefe de Equipe

2 Assessores de Chefia

7 Chefes de Departamento

1 remador.

A conclusão do Comitê que analisou as causas do novo fracasso foi unânime: O REMADOR É UM INCOMPETENTE!!!

No próximo ano, nova oportunidade. O Departamento de Tecnologia e Novos Negócios do Brasil pôs em prática um plano para melhorar a produtividade da equipe, com a introdução de mudanças baseadas no que havia de mais moderno no mercado e que, SEM DÚVIDA, produziria aumentos significativos de eficiência e eficácia.

Os pontos principais das mudanças eram o “resizing” e o

“turn-around” e, COM CERTEZA, desta vez os brasileiros humilhariam os japoneses.

O resultado foi catastrófico e a equipe brasileira chegou à meta TRÊS HORAS depois do barco do Sol Nascente.

As conclusões revelaram dados aterradores:

· Mantendo sua tradição milenar, a equipe japonesa era formada por 1 Chefe de Equipe e 10 remadores

· A equipe brasileira, por sua vez, utilizou formação vanguardista, integrada por:

1 Chefe de Equipe

2 Auditores de Qualidade Total

1 Assessor especializado em

“Empowerment”

1 Supervisor para assuntos de

“Dowsizing”

1 Analista de Informática

1 Chefe de Tecnologia

1 Controler

1 Chefe de Departamento

1 Controlador de Tempo

1 remador.

Depois de vários dias de reunião e análise, o Comitê Executivo decidiu castigar o remador e aboliu “todos os seus benefícios e incentivos, em função do fracasso alcançado”.

Na reunião de encerramento, o mesmo Comitê, fortalecido pela presença dos principais acionistas, anunciou:

“Contrataremos um novo remador, mas desta vez com contrato de Prestação de Serviços de Terceiros, sem vínculos trabalhistas, para que não tenhamos que lidar com os sindicatos, que degradam a eficiência e a produtividade dos recursos humanos”.

No mundo corporativo, quantas histórias parecidas você conhece?