segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Novos Tempos, velhas praticas !

Coluna do Léo

Léo Salgado


Hoje ao me deparar com a crise que se abate sobre grande parte dos países e mais especificamente sobre o Brasil, fica difícil não lembrar de um passado, nem tão distante, mas que a maior parte esqueceu , ou melhor, não quer lembrar.
Não faz muito tempo, tínhamos que incrementar aumentos salariais de até 80% ao mês nas folhas salariais, aumentos estes mentirosos, uma vez que quando os trabalhadores recebiam seu salario ele não representava nem setenta por cento do valor real.
A mega inflação que corroía nossa economia era perversa e resistente aos mais sofisticados dos planos econômicos, bolados pelos nossos mais brilhantes economistas.
Vivíamos assombrados pelo fantasma maligno do famigerado e odiado FMI, que tinha como principal objetivo acabar com o Brasil.
O desemprego era impressionante e a cada soluço negativo, mais demissões em massa (os chamados navios invadiam as empresas), mais estagnação na economia e mais pessimismo da mídia e, por conseguinte, da população.
As pessoas chegavam a comemorar ter lucro no over night, sem querer entender que ele ajudava, muito pouco, a diminuir nosso prejuízo.
Ao entrar em um supermercado nossa luta era pegar os produtos antes da maquininha de etiquetar chegar e aumentar os preços.
Passamos por tudo isso, viramos fiscais do Sarney, rezamos a cada novo pacote econômico anunciado, a cada nova moeda, a cada nova sigla inventada e sobrevivemos.
Os tempos atuais já começam a querer fazer voltar os fantasmas que exorcizamos e espantamos faz tempo, o nível de emprego caiu, os preços estão aumentando, os políticos brigam por espaço e notoriedade (custe o que custar), tentam transformar o povo em massa de manobra, as empresas pararam de contratar e ameaçam com demissões, a mídia nos apresenta um quadro tenebroso e ameaçador.
Afinal chegou a hora!
Chegou a hora de mais uma vez, como nos ensina Mauricio Werner, “vender lenços!”.
Cabe a nós, profissionais de Recursos Humanos, apaziguar as nossas empresas, mostrar como reduzir custos sem demissões em massa, apresentar soluções para os problemas pontuais, aconselhar nossos executivos a tomar decisões que não venham a piorar ainda mais a situação econômica, afinal, quanto maior o índice de desemprego menos consumidores para manter a indústria e o comercio ativos, menos compradores e consequentemente menos lucro para os empresários.
Importante salientar que as maiores invenções surgiram quanto maiores às dificuldades do mundo, assim também são as idéias, elas surgem quando nosso grau de dificuldade ou desconforto com algo aumenta.
Vamos botar nosso cérebro para funcionar e ajudar o nosso País a suplantar esta crise.

AFINAL


“ENQUANTO UNS CHORAM,OUTROS VENDEM LENÇOS!”