Coluna do Léo
Léo Salgado
Hoje ao me deparar com a
crise que se abate sobre grande parte dos países e mais especificamente sobre o
Brasil, fica difícil não lembrar de um passado, nem tão distante, mas que a
maior parte esqueceu , ou melhor, não quer lembrar.
Não faz muito tempo, tínhamos
que incrementar aumentos salariais de até 80% ao mês nas folhas salariais,
aumentos estes mentirosos, uma vez que quando os trabalhadores recebiam seu
salario ele não representava nem setenta por cento do valor real.
A mega inflação que corroía nossa
economia era perversa e resistente aos mais sofisticados dos planos econômicos,
bolados pelos nossos mais brilhantes economistas.
Vivíamos assombrados pelo
fantasma maligno do famigerado e odiado FMI, que tinha como principal objetivo
acabar com o Brasil.
O desemprego era
impressionante e a cada soluço negativo, mais demissões em massa (os chamados
navios invadiam as empresas), mais estagnação na economia e mais pessimismo da
mídia e, por conseguinte, da população.
As pessoas chegavam a
comemorar ter lucro no over night, sem querer entender que ele ajudava, muito
pouco, a diminuir nosso prejuízo.
Ao entrar em um supermercado
nossa luta era pegar os produtos antes da maquininha de etiquetar chegar e
aumentar os preços.
Passamos por tudo isso,
viramos fiscais do Sarney, rezamos a cada novo pacote econômico anunciado, a
cada nova moeda, a cada nova sigla inventada e sobrevivemos.
Os tempos atuais já começam
a querer fazer voltar os fantasmas que exorcizamos e espantamos faz tempo, o nível
de emprego caiu, os preços estão aumentando, os políticos brigam por espaço e
notoriedade (custe o que custar), tentam transformar o povo em massa de
manobra, as empresas pararam de contratar e ameaçam com demissões, a mídia nos
apresenta um quadro tenebroso e ameaçador.
Afinal chegou a hora!
Chegou a hora de mais uma
vez, como nos ensina Mauricio Werner, “vender lenços!”.
Cabe a nós, profissionais de
Recursos Humanos, apaziguar as nossas empresas, mostrar como reduzir custos sem
demissões em massa, apresentar soluções para os problemas pontuais, aconselhar
nossos executivos a tomar decisões que não venham a piorar ainda mais a
situação econômica, afinal, quanto maior o índice de desemprego menos
consumidores para manter a indústria e o comercio ativos, menos compradores e
consequentemente menos lucro para os empresários.
Importante salientar que as
maiores invenções surgiram quanto maiores às dificuldades do mundo, assim
também são as idéias, elas surgem quando nosso grau de dificuldade ou
desconforto com algo aumenta.
Vamos botar nosso cérebro para
funcionar e ajudar o nosso País a suplantar esta crise.
AFINAL
“ENQUANTO
UNS CHORAM,OUTROS VENDEM LENÇOS!”