segunda-feira, 9 de maio de 2011

E a geração dos Baby Boomers?

Coluna do Léo



Léo Salgado


Hoje é um dos principais modismo se falar da geração Y e até da geração Z (como eu mesmo abordei na ultima postagem), quase todos esqueceram dos mais experientes, os chamados “Baby Boomers”.
Mas, quem são estes personagens do nosso mercado do trabalho?
Os “Baby Boomers” são chamados de geração da TV, compreendem os nascidos entre a década de 1950 e 1960. O termo "Baby Boomer" foi e é usado como referência aos “filhos” do baby boom, explosão demográfica pós-Segunda Guerra Mundial, que ocorreu em maior escala nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.
Entretanto, existe um aspecto cultural muito mais significativo nesta geração, que foi a enorme transformação cultural que se abateu sobre o nosso mundo. A criação e a força que se tornou a televisão, moldou o comportamento desses jovens, uma vez que ela serviu como mensageira e mobilizadora, e ainda retratava a juventude como um grande acontecimento.
É uma geração revolucionaria que nos anos 60, mudou não só o papel das mulheres na sociedade, mas também o papel dos jovens. Esta geração criou sua própria cultura, seu estilo de vida e a televisão era seu grande canal de comunicação.
É a geração dos ideais de liberdade, do feminismo e dos movimentos civis a favor dos negros e homossexuais.
A filosofia hippie também surgiu nessa época e junto a ele, protestos contra a Guerra Fria e a Guerra do Vietnã. Em todo mundo é uma geração marcada pelos festivais de música e pelas manifestações políticas contrárias a censura e repressão cultural.
Hoje em dia, baseado na premissa que todas as empresas precisam vencer os desafios de competitividade e da globalização do mercado comercial, muitas vêem como alternativa para esse problema o sangue novo, dispensando os mais velhos (os baby bommers) de casa e de idade, contratando pessoas mais jovens, mais dinâmicas que consigam alavancar a empresa.
Será que essa decisão é correta?
Acreditamos que não, uma vez que dependendo do número de colaboradores que estejam nessa condição a empresa perderá o know-how, a identidade e empregados que além de conhecerem os detalhes do serviço, são profissionais fundamentais na disseminação da cultura e no DNA da empresa.
Além do que esta forma de dispensa poderá ter conseqüências diretas na perda de sua produtividade e motivação de seus funcionários, pois poderá gerar o medo do futuro dentro da empresa.
Outro aspecto importante é a quantidade e a qualidade do conhecimento acumulado que esta geração carrega em seu cérebro, que não pode ser descartado, sob pena da inviabilidade futura da empresa.
É absolutamente inconcebível ter uma empresa que não possua, pelo menos um ou dois baby boomers em seus quadros, sejam eles antigos ou novos na organização, uma vez que os conhecimentos acumulados, experiência e espírito contestador e desafiador, são combustíveis importantes no dia a dia de uma empresa.
Algumas empresas (no caso de seus BB antigos), ao fazer um planejamento para os próximos dez anos, verificam quais os colaboradores que estarão alcançando a aposentadoria nesse período, para programar a saída desses e treinar os mais novos. Com isso a nova equipe já entrosada, motivada e preparada para multiplicar essa nova cultura à próxima geração. Uma empresa com pessoas novas e dinâmicas mesclada com pessoas maduras, conscientes e experientes, com toda certeza terá resultados de mercado muito melhores.
Esta na verdade é a receita que recomendamos, a mescla de gerações (BB, Y e até Z) pode ser a grande receita de seu sucesso e desenvolvimento. Transmitir para a geração Y e Z um pouco da inconformidade dos “baby boomers” pode ser o diferencial do futuro.
Assim a receita de diversidade de formação e experiência é algo a ser completado com a diversidade de gerações.


Agora, se você descobrir que sua empresa não tem mais ninguém (ou tem um número ínfimo de “baby boomers”), vá ao mercado, recrute e selecione um numero de BB que sejam o bastante para injetar um pouco deste choque cultural na sua equipe. Não se preocupe, além de fazer a diferença eles agüentam o tranco e não ficam devendo em nenhum aspecto, inclusive o físico (você já reparou como as Academias estão repletas de “baby boomers” malhando?).